domingo, 6 de janeiro de 2019

Mais uma, duas, três...mulheres são assassinadas!

Estava aqui me perguntando sobre o que escreveria hoje. De repente ouço um programa de tv relatando a quantidade de mulheres assassinadas no Brasil pelos seus parceiros ou ex-cônjuges só nesta primeira semana do ano. Então já não tenho dúvida sobre o tema e sim acerca de qual perspectiva vou discorrer.
Tenho o ponto de vista das mulheres que um dia ouviram um  "eu te amo", que confiavam em seus companheiros, que dedicaram muito de sua vida para satisfazerem estes homens e que muito provavelmente perdoaram muitas vezes ocorrências de agressões verbais e/ou físicas e psicológicas, mas que no fim foram brutalmente mortas pelo dito "amado".
Há a óptica do agressor que amava demais e por isso sentia ciúmes, que já foi traído e por isso não confiava, que cresceu em um lar agressivo e foi moldado moralmente como agressor sem se perceber como tal, que tinha um vício e por isso não conseguiu ter controle de suas ações, que queria a mulher de volta, mas não sabia como conseguir e agiu de forma passional concluindo que se não fosse dele não seria de mais ninguém e no final matou a suposta"amada".
Sempre temos a versão da mídia imparcial e ao mesmo tempo sensacionalista que mostra os fatos e as circunstâncias da forma mais produtiva em termos de audiência em quase todas as vezes, contudo tem ajudado sim a fomentar a coragem de mulheres que sofrem agressões para que denunciem seus agressores, antes que elas se tornem mais um número ou nome nas estatísticas.
Agora vem a minha e sua perspectiva! Em briga de marido e mulher devemos meter a colher? Eu não fazia isso. Mas quer saber? Decidi mudar! Quando ou se eu vir alguém sendo agredido, principalmente mulheres, crianças e idosos, não serei omissa. Não me calarei. não fecharei meus olhos e ouvidos tão pouco minha boca.

"Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado." (Tiago 4:17)



"Ah! Mas se a mulher não o denuncia ou aceita passar por isso ela merece!"  Parece loucura pensar que ouvimos pessoas justificarem dessa forma, mas acontece muito. Eu mesma já disse muitas vezes: "isso não é problema meu". Mas hoje penso diferente! Minha perspectiva agora é: "mas se esse fosse o meu problema?". Penso em quantas mulheres estão em situações em que me sentem acoadas, machucadas, injustiçadas e desprezadas, porém caladas e então ouvem uma amiga ou alguém da família fazer um comentário como os que citei acima e por isso perdem completamente a coragem de se expor. Penso no quanto já é humilhante passar por isso diante deste homem e por isso se calam para não se sentirem ainda mais humilhada diante dos parentes, amigos e vizinhos. Todos os olhares, os comentários e julgamentos que ela terá de suportar além das dores e das cicatrizes já adquiridas. E pensando em tudo isso eu hoje afirmo que minha postura será diferente! Meterei a colher! Melhor ainda! Colocarei minha a vida a serviço de talvez salvar uma outra vida.
Mas calma! Não estou sugerindo que você invada a privacidade de ninguém nem que saia por aí falando de quem você sabe que bate ou apanha. Estou apelando para a sua empatia.

"Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".(Mateus 22:39) 

 Se ponha no lugar da possível futura estatística  e se ela não tem coragem de denunciar, sejam quais forem os motivos dela, denuncie você.  Pois agressão não é, nunca foi e nunca será demonstração de amor. Agressão é crime e todo criminoso deve responder por suas ações à sociedade. Portanto eu e você enquanto figuras sociais temos todo o direito de denunciar um agressor seja ele marido ou não.

Deus abençoe a todos.
Miss Débora Morais

Um comentário:

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