sábado, 15 de dezembro de 2018


Quem sou eu?


A autoafirmação é o ato de fazer evidente suas vontades. Ela se torna destrutiva quando se configura como uma enorme carência afetiva de alguns indivíduos que desejam estar em evidência para ter suas qualidades reforçadas a todo o momento, encobrindo deveras a falta de amor-próprio. Isso mostra a substituição instantânea do pensamento pela ação, portanto não se consegue ter domínio sobre o caráter impulsivo, gerando a incapacidade de raciocinar.

Pessoas assim tornaram-se incapazes de dizer não aos apelos extasiantes e as falsas expectativas sociais. Além disso, a autoafirmação transforma-se em uma manifestação neurótica de se destacar diante dos outros, para ser respeitado, aprovado e enaltecido.


A necessidade de autoafirmação é inerente ao homem desde a infância. A criança desde muito cedo aprende a mostrar sua vontade e fazer com que a atendam através do choro e ela persevera nesse comportamento conforme vai crescendo aperfeiçoando as técnicas para convencer os outros a cederem a seu favor e torná-la o centro das atenções. Isso só persiste se, e somente se, os pais e/ou responsáveis por sua educação não impuserem limites.

De acordo com estudos sobre as fases do desenvolvimento da criança, é por volta dos 2 a 3 anos que ela consegue ter consciência de si mesma: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome". Essa é uma característica do desenvolvimento intelectual, ou seja, é o processo de aprendizagem sobre o mundo ao seu redor, é como a criança adquire e reage ao conhecimento experimentado. As teorias  a respeito dizem que os bebês começam a aprender através de experiências sensoriais. A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta. entre o 6º e o 12º mês de vida  acontece o desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver e a partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida.

Em fim, o tempo passa. Provavelmente, você que está lendo esse texto não é mais criança, pelo menos não biologicamente. Mas quando experimentamos o poder do Espírito Santo em nossas vidas e recebemos a Cristo como Filho de Deus e nosso mediador com Ele, nós precisamos reaprender muitas coisas em espírito. Agora existe um novo "EU" que não é mais o mesmo eu.

 "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim." Gálatas 2:20

 Isso quer dizer que não devemos mais sermos influenciados pelo que nos tornamos biologicamente (em linguagem evangélica: carnalmente). Agora precisamos apurar os sentidos para as experiências sensoriais com o Espírito de Deus, ouvir os sons da voz do Senhor, reconhece-la e saber que Ele permanece conosco, ter certeza de que Jesus continua a existir ainda que não consigamos vê-lo e termos noção de causa-efeito em relação a fazermos a nossa vontade da mesma forma que fazíamos quando ignorávamos a existência de DEUS.

Voltamos a ser crianças e é isso que Deus quer, mas não para sermos chorões e caprichosos e sim para aprendermos  os limites dele e passarmos a imitar a Cristo e não o mundo e  aqueles  que nele vivem ignorando a eternidade.

Jesus disse:

 "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus." Mateus 18:3

Porém também precisamos continuar crescendo e amadurecendo em  espírito e  para tanto é imprescindível ter plena consciência de quem somos. 

A autoafirmação é como um sistema de autovalorização estabelecido dentro de seus próprios critérios. Algo perigoso para qualquer pessoa sobretudo para cristãos.

Se trata da necessidade de estar em evidência e ter seus atributos reforçados a todo momento. Para o coach de alta performance e especialista em transformação pessoal, Diógenes Gomes, essas pessoas precisam desse reforço externo para suprir o que lhes falta internamente. “Em alguns casos, cria-se uma dependência desse estímulo que tende a crescer. É um comportamento danoso, pois a pessoa acredita que não recebe o quanto ela crê que mereça, ou pior, o quanto ela precisa”, destaca. 

Sendo assim,  alguém que se diz cristão não deve estar voltado para esse comportamento, ou anula completamente a pessoa de Cristo nele. Se torna insolente e soberbo que são características bem distintas daqueles que Jesus elegeu como herdeiros do reino dos céus.

Então quem sou eu? Em que fase o meu intelecto espiritual se encontra? E qual está sendo o nível de autoafirmação que tenho usado  para estimular-me como cristão? Será que ainda sou servo ou já estou me sentindo senhor?

 Vamos refletir sobre isso e nos humilhar cada vez mais diante daquele que verdadeiramente é o nosso Senhor e Salvador!

Deus abençoe a todos!
Miss. Débora Morais

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